A vida
É em grande parte
Sonhada
Nos desejos que inspiram
O mais profundo do pensamento.
Buscamos o tempo todo
Realizar o ideal de nossas vontades,
Enganar a realidade.
Mesmo sabendo
Que nunca teremos
Tudo aquilo que queremos
Em nossas ilusões de felicidade...
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
A RISING SUN
Amanhece...
É tudo de novo
Outra vez
Em meu magro e precário viver.
Sigo mudo o enredo da existência
Sem nada esperar
Das horas
Desenhadas adiante
Pelo acaso.
Sei que o sol
Apenas refaz as ilusões de mundo
Em banal novidade...
RICHARD WILLIEN E A TRADUÇÃO OCIDENTAL DO I CHING
Richard Williem, o sinólogo e melhor tradudor para o inglês do I Ching, entendeu o TAO como “sentido” ou “significado”, como o princípio ou premissa de inter-relacionamento de todas as coisas. Trata-se, em termos ocidentais, de uma recusa da dicotomia entre mente e matéria inspirada em Descartes.
O TAO era para ele, assim como para seu amigo C G Jung, um principio acausal que integra o exterior do mundo e o interior da auto consciência individual em uma unidade psicológica que estaria na base de nossa experiência de realidade...
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
A CIENCIA MEDICA DE HOUSE by andrew holtz
“PERIGO NO MEDICO- É preciso ter nascido para seu medico, caso contrario se perece pelo seu medico.” F. Nietzsche in Humano, Demasiadamente Humano.
CIENCIA MEDICA DE HOUSE by Andrew Holtz, é uma obra impar que apresenta um interessante panorama da prática medica norte americana tomando como inspiração o universo ficcional da premiada serie de Tv exibida pela FOX.
Ao final da leitura o leitor leigo obtém um satisfatório quadro geral sobre alguns aspectos técnicos da série, podendo ponderar sobre suas verdades e exageros e, acima de tudo, refletir sobre o mito do Dr. House e o tipo de racionalidade e individuo que ele representa e personifica no imaginário social.
Se o livro de Holtz nos chama demasiada atenção para a impossibilidade de existencia de um House entre os nossos médicos reais, dado seu irreverente talento para solapar a ética medica das mais imaginativas formas possíveis, por outro lado, é inegável que a personagem personifica algo de essencial a pratica da medicina: a combinação entre conhecimento, intuição, experiência e bom julgamento, que não raramente falta aos nossos médicos reais conformados aos protocolos éticos e convenções do cotidiano hospitalar.
Segundo o autor, House corresponde a chamada doutrina da medicina baseada em evidencias:
“De certo modo, a personalidade do dr. House está bem enquadrada na doutrina da medicina baseada em evidencias. Embora a maior parte das pessoas tenda a confiar nas opiniões de especialistas, ele demonstra pouco respeito pelas figuras de autoridade ou pelos conselhos de especialistas, com base apenas em suas reputações. Ele não escolheria determinado tratamento simplesmente porque algum especialista o considerou a melhor opção para o caso.
É exatamente assim que funciona a medicina baseada em evidencias. A ‘opinião especializada” é considerada a menor forma de evidencia possível; não é desprovida de valor, mas é algo que só deve ser usado quando não houver outros dados disponíveis. Afinal de contas, a opinião dos especialistas pode não ser mais do que a soma do que um único medico lembra de sua experiência clinica, que esta sujeita aos caprichos da memória e aos naturais vieses humanos.”
( Andrew Holtz. A ciência medica de House: A verdade por trás dos diagnósticos da série de TV. Tradução de Adriuana Rieche. RJ: Editora Best Seller, 10° ed. , p. 161-162. )
NIETZSCHE E O SEGREDO DO ESCRITOR
Um bom escritor deve transgredir a linguagem com sua caligrafia a ponto de transformá-la em metáfora do indizível e ilegível cotidiano vivido que transcende o mero cotidiano e socialmente estabelecido.
Um bom escritor nos oferece uma chave para o desconhecido...
Segundo o aforismo 183 de Nietzsche em Humano, Demasiadamente Humano:
“ A CHAVE. O pensamento isolado ao qual um homem notável atribui um grande valor, para riso e zombaria dos insignificantes, é para ele uma chave de tesouros ocultos; para aqueles , nada mais que uma peça de ferro-velho.” .
EXISTENCIA E ONTOLOGIA
A existência é uma esfinge que nos desafia a responder enigmas e escapar a labirintos que só existem como partes estranhas de nós mesmos...
Somos nossas próprias questões e os vazios que nos motivam como vontade e desejo em uma busca inútil do próprio rosto. Por isso acontecemos em círculos...
DIA PERDIDO
Um dia de azul aço
Cobre todas as coisas,
Cai sobre os olhos
E as almas
Que habitam cada individuo.
Hoje não haverá destinos
Ou rotinas.
Apenas o tempo
Preso ao corpo
E o silêncio do mundo
Até o derradeiro instante
Do riso noturno
Escrito em sonho...
A INDIVIDUALIDADE COMO SEGREDO
A essência da individualidade é a afirmação da singularidade, o que é o mesmo que dizer que ela é definida pela capacidade de cada um para interagir com os outros de modo contraposto apesar da intermediação de um referencial simbólico compartilhado. Desta forma, se a auto-consciência é um fenômeno ambíguo condicionado a mentalidade coletiva, o mesmo não se pode dizer com relação ao sentimento irracional de propósito ou meta particular que define a experiência de uma dada biografia vivida. Refiro-me aquele conjunto de fantasias pessoais que aproximam o esforço de perpetuação e construção de uma existência singular da construção de uma obra artística cujo conteúdo e significado não somos capazes de compartilhar com os outros, mesmo quando lhe comunicamos.
Tornar-se um individuo é adquirir-se como “um segredo” ou meta-significado, como um complexo processo irracional e ontológico que escapa a qualquer expressão lingüística.
É justamente como indivíduos que somos capazes de transcender a natureza através de uma consciência diferenciada.
sábado, 13 de fevereiro de 2010
SEA...
O mar de agora
Não guarda os mesmos encantos
Que o mar antigo,
Já não nos conduz
Ao desconhecido.
Mas ainda é em essência
Infinita imensidão
A desafiar a humana finitude.
O mar
Ainda impõe fantasmalidades
E fantasias
Embalando pensamentos
De aventura e solidão
No gritar de algum
Mundano desafio.
The sea is the life
And time...
Não guarda os mesmos encantos
Que o mar antigo,
Já não nos conduz
Ao desconhecido.
Mas ainda é em essência
Infinita imensidão
A desafiar a humana finitude.
O mar
Ainda impõe fantasmalidades
E fantasias
Embalando pensamentos
De aventura e solidão
No gritar de algum
Mundano desafio.
The sea is the life
And time...
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
NOTA SOBRE O PARADOXO DA INDIVIDUALIDADE HUMANA
É na medida em que nos fazemos cada vez mais conscientes de nós mesmos que inventamos e reinventamos o mundo, nosso sentimento próprio de singularidade, que nos permite compartilhar subjetivamente o existir humano.
Nos individualizamos através dos outros em paradoxo esforço de íntimo acontecer...
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