O mar de agora
Não guarda os mesmos encantos
Que o mar antigo,
Já não nos conduz
Ao desconhecido.
Mas ainda é em essência
Infinita imensidão
A desafiar a humana finitude.
O mar
Ainda impõe fantasmalidades
E fantasias
Embalando pensamentos
De aventura e solidão
No gritar de algum
Mundano desafio.
The sea is the life
And time...
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
sábado, 13 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
NOTA SOBRE O PARADOXO DA INDIVIDUALIDADE HUMANA
É na medida em que nos fazemos cada vez mais conscientes de nós mesmos que inventamos e reinventamos o mundo, nosso sentimento próprio de singularidade, que nos permite compartilhar subjetivamente o existir humano.
Nos individualizamos através dos outros em paradoxo esforço de íntimo acontecer...
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
DESAFIO
A existência segue no vazio de rotinas, enquanto administro o tempo que passa refazendo a mim mesmo nos atos de dia a dia. Sei que brinco constantemente com o acaso, tentando me tornar futuro no superficial dos mais íntimos fatos.
O que sei é que talvez passe a vida inteira tentando inutilmente escrever dentro do tempo um especial momento de ser entre as coisas...
sábado, 6 de fevereiro de 2010
NOWHERE MAN FOREVER...?
A VIDA ACONTECE
LÁ FORA E NESTE MOMENTO,
INDEPENDENTE DO QUE FAÇO
E PENSO
AQUI DENTRO...
NÃO EXISTO PARA O MUNDO
E ELE POUCO SIGNIFICA
PARA MIM.
A ÚNICA REALIDADE
QUE CONHEÇO
E RECONHEÇO
É A DO MEU PRÓPRIO EU...
I'M NOWHERE MAN...
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
CANT’T BUY ME LOVE by JONATHAN GOULD III
Em CANT’T BUY ME LOVE, Jonathan Gould identifica algumas particularidades importantes que contribuíram para tornar os Beatles a mais emblemática e impactante banda de rock de todos os tempos.
Segundo o autor, por exemplo, os Beatles foram os primeiros artistas não americanos com exposição na mídia de massa a conquistar a condição de SUPERSTAR em caráter mundial. Ao mesmo tempo, eles também negavam todos os estereótipos do que significava ser inglês em 1964, ou seja, após o desmonte do Império Colonial Britânico.
Em suas palavras,
“... ao afirmar sua origem na cidade portuária de Liverpool, no Lancashire, cuja população poliglota de minorias étnicas e religiosas faziam dela a cidade menos homogeneamente “inglesa” da Inglaterra. Os Beatles personificavam uma versão iconoclasta de sua identidade nacional que se provou tão atrativa para as juventudes norte-americana, européia, australiana e de partes da Ásia quanto os fãs britânicos.”
( Jonathan Gould. Cant’t Buy Me Love: OS Beatles, A Grã Bretanha e os Estados Unidos./ Tradução Candoba. SP: Larouse, 2009, p. 18)
Também sua identidade enquanto banda de rock os distinguia dos seus pares, pois:
“Os Beatles eram uma visão de auto-suficiência, independência e ambição compartilhada que proporcionou a musica popular o arquétipo de “banda de rock”, um modelo de organização musical que viria a perdurar nas décadas seguintes.”
(Idem)
Em essência a ascensão dos Beatles foi, entre outras coisas, um sintoma de profundas mudanças nas relações anglo-americanas ocorridas após a Segunda Grande Guerra, quando a Inglaterra, a maior nação imperialista do séc.XIX, cedeu lugar no cenário mundial aos USA, a maior nação internacionalista do séc.XX. Fato político que determinou profundamente a evolução ( ou revolução) cultural da segunda metade do século XX.
PERSONA
Parte de mim é triste
Por não reconhecer
Diante do espelho
O rosto que me sustenta
Entre os outros.
Pois sabe que,
Ao mesmo tempo,
Ele me apaga de mim mesmo
No silencio da aparência,
Obscurecendo a abstrata face
Que me torna humana ilusão
No acontecer do tempo...
OPUS
Enterro futuros
Nas almas das coisas
Através dos atos
Que me definem
Provisoriamente
Como migalha
De sangue e carne...
Meu destino, entretanto,
Pouco me importa....
Aceito no mesclar dos dias
O novíssimo acontecer de mim mesmo,
O efêmero e agora da vida,
Como principio único da existência.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
MORTE AO VIVO ( THE LIVING END) BY STANLEYN ELKIM
Originalmente publicado em 1979 MORTE AO VIVO ( THE LIVING END) by Stanleyn Elkim, permanece sendo uma perola única da ficção contemporânea norte americana. Arrisco-me a defini-la como uma espécie de comedia teológica, gênero que deveria ser mais explorado, onde os valores morais e crenças de inspiração judaico cristã, inspiradas pelo maniqueísmo entre o bem e o mal são relativizadas em uma metafísica comedia de costumes...
Ellerbee, a personagem central da narrativa, é o correto e digno dono de uma loja de bebidas que acaba assassinado durante um assalto. Em sua vida alem tumulo ele se confronta com o caprichoso e megalomaniaco deus do antigo testamento, que não exita em lhe mandar para o inferno simplesmente porque costumava abrir seu comercio aos domingos.
Com um humor corrosivo Elkim cria um cenário e uma leitura insólita e absurda da vida após a morte revelando o lado sombrio do criador e da eternidade; lado tão sombrio que dispensa a existência de um opositor personificador do principio do mal.
A narrativa termina com um surpreendente juízo final, aqui entendido como a ressureição dos mortos e o golpe final de deus diante de uma perplexa e mal resolvida “sagrada família”.
Trata-se, definitivamente, de uma experiência única mergulhar nas paginas desta deliciosa paródia da “Divina Comedia”....
BLACK TIME
Agora a pouco
O tempo
Passou por mim
Sonhando...
Passou triste
E pensativo,
Sem ilusões de eternidades.
Sei que buscava em silencio
O mais intenso
Dos futuros possíveis,
As mais profundas horas
De um amanhã desnudo
E ininteligível que jamais viverei...
sábado, 30 de janeiro de 2010
FRAGMENTOS SOBRE O SABER CIENTIFICO
A ciência é a duvida transformada em método.
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A construção do saber cientifico pressupõe acima de tudo criatividade.
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Toda ciência é uma eterna luta contra a verdade das ilusões cotidianas.
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Pensar é criar e recriar constantemente o mundo e a realidade como uma codificação racional e lógica.
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As ciências desafiam verdades e absolutismos culturais na medida em que existe como radical expressão da liberdade.
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Onde a fé impera, a ciência esta morta.
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Existe um profundo abismo entre o entendimento e a compreensão.
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A ciência é uma opus coletiva na qual a individuação é fundamental.
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