A vida humana
É como um retalho de tempo
Abandonado ao acaso
No caos do mundo,
Um insignificante acontecimento
Que lentamente se desfaz
Em seu próprio vazio...
Minha humanidade
É viver de minhas sobras
Cultivando o nada
Que semeia em toda palavra
O saudável veneno do silêncio...
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
REAL LOVE
Procuro inutilmente
Adivinhar a intimidade
Daquela MOÇA
Que decora em perfume e forma
O passeio público,
Que rouba,
Por um segundo,
Meu pensamento mais que profundo...
Sei que no fundo
Ela diz outro rosto.
Alguém que não conheci,
Não conheço
E jamais conhecerei.
Mas, entretanto,
Povoará meus sonhos
Até o último dia
De minhas ilusões
De existência e vida...
My live is a Woman...
REAL WORD
Algumas palavras
Dançam em algazarra,
Totalmente embriagadas,
No escuro palco
De um intraduzível pensamento.
Sei que nada
O fará legível
E, estas palavras,
Serão apagadas pelo silêncio
Do sono que a madrugada acorda.
Nunca dirão ao mundo
O estranho significado que guardam
Como o segredo e delírio
De alguma fantasia de viva verdade...
WORD IS FREEDOM
domingo, 24 de janeiro de 2010
SOBRE A FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA
Normalmente os manuais e compêndios de filosofia guardam um curioso e desafiador silêncio com relação à filosofia contemporânea ou, o que poderíamos denominar, em termos heterodoxos, como “filosofia do tempo presente”...
Ainda se sustenta uma imagem conservadora de filosofia que a vincula ao cânon dos grandes filósofos da Antiguidade, Idade Media e primórdios da modernidade, como Decartes e seus pares.
Mas ao longo do século XX, pensadores como Heidigger , Witgenstein, Bertrand Russel, Sartre, Jean Baudrillard, Donald Davidson, dentre muitos outros, de diferentes e diversas maneiras, procuraram dar respostas aquele difuso sentimento epocal de que nossas representações e codificações de mundo já não significam grande coisa e não fornecem subsidios relevantes a sustentação simbolica de nossa realidade vivida.
Pela primeira vez a filosofia recvonheceu o caos como imagem e possibilidade possivel do real humanamente construido e tentou estabelecer novas bases para o conhecimento e o saber aproximando-se, em algumas vertentes da cultura laica do saber cientifico. Premissa clara, especialmete, no campo da filosofia da linguagem e da filosofia analitica .
Afinal, o que significa filosofia hoje?...
O LIMITE DA PALAVRA...
Palavra alguma me define
Entre os cotidianos discursos
Do pensamento...
Tudo que digo
Me escapa, ou distorce,
No irracional exercício
De existir imerso
Em caos e mundo...
O presente
É o único futuro
Que conheço,
Preenchendo
Com significados
Os vazios que me definem
No absoluto nada do mundo
Em imaginações de amanhãs...
Entre os cotidianos discursos
Do pensamento...
Tudo que digo
Me escapa, ou distorce,
No irracional exercício
De existir imerso
Em caos e mundo...
O presente
É o único futuro
Que conheço,
Preenchendo
Com significados
Os vazios que me definem
No absoluto nada do mundo
Em imaginações de amanhãs...
sábado, 23 de janeiro de 2010
CANT'T BUY MY LOVE by JONATHAN GOULD II
Talvez a musica que lhe empresta o titulo revele o mais profundo significado do livro de Jonathan Gould sobre os Beatles lhe afastando da leitura simplista da beatlemania ... transformando a banda em arquétipo do mais profundo e contestador significado concreto da formula “amor” que a banda realizou em nossos imaginários ...
Can't buy me love, love
Can't buy me love
I'll buy you a diamond ring my friend
If it makes you feel all right
I'll get you anything my friend
If it makes you feel all right
'Cause I don't care too much for money
For money can't buy me love
I'll give you all I've got to give
If you say you love me too
I may not have a lot to give
but what I've got I'll give to you
For I don't care too much for money
Money can't buy me love
Can't buy me love
Everybody tells me so
Can't buy me love
No, no, no, no
Say you don't need no diamond ring
And I'll be satisfied
Tell me that you want those kind of things
that money just can't buy
For I don't care too much for money
For money can't buy me love
Can't buy me love
Everybody tells me so
Can't buy me love
No, no, no, no
Say you don't need no diamond ring
And I'll be satisfied
Tell me that you want those kind of things
that money just can't buy
For I don't care too much for money
For money can't buy me love
Ooh, can't buy me love, love
Can't buy me love, no
TRADUÇÃO
Não pode comprar o meu amor, amor
Não pode comprar o meu amor
eu lhe comprarei um anel de diamantes, Minha amiga
Se isso fizer você se sentir bem
Eu lhe darei tudo, minha amiga
Se isso fizer você se sentir bem
Pois eu não me importo muito com dinheiro
Porque dinheiro não pode comprar meu amor
Eu lhe darei tudo o que eu tenho para dar
Se você me disser que me ama também
Eu posso não ter muito para dar
mas o que eu tenho eu darei para você
Pois eu não me importo muito com dinheiro
Porque dinheiro não pode comprar meu amor
Não pode comprar meu amor
Todo mundo me diz isso
Não pode comprar meu amor
Não, não, não, não
Diga que você não precisa de anéis de diamantes
E eu ficarei satisfeito
Me diga que você quer aquelas coisas
que o dinheiro não pode comprar
Pois eu não me importo muito com dinheiro
Porque dinheiro não pode comprar meu amor
Não pode comprar meu amor
Todo mundo me diz isso
Não pode comprar meu amor
Não, não, não, não
Diga que você não precisa de anéis de diamantes
E eu ficarei satisfeito
Me diga que você quer aquelas coisas
que o dinheiro não pode comprar
Pois eu não me importo muito com dinheiro
Porque dinheiro não pode comprar meu amor
Ooh, não pode comprar meu amor, amor
Não pode comprar meu amor, não
CANT'T BUY MY LOVE by JONATHAN GOULD
A obra Cant’ Buy me Love : Os Beatles, a Grã Bretanha e os Estados Unidos, by Jonathan Gould, é um interessante esforço de compreensão do contexto histórico que permitiu a gênese e o se fazer dos Beatles como a mais singular e impactante banda de rock dos anos 60; fenômeno sócio cultural que formatou direta e indiretamente uma geração e mudou a linguagem da musica popular angro saxã de uma forma ainda hoje sem paralelos.
Apesar da narrativa mais descritiva do que propriamente analítica, este trabalho tem o mérito de entrelaçar biografia, critica musical e história cultural no mosaico vivo de uma leitura profunda da obra dos fabulours four que os torna uma imagem viva que, transcendendo seu próprio tempo, alcança o futuro de nós mesmos em múltiplas releituras e mágico encanto de atualizações e transformações...
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
O EGO SEGUNDO C.G. JUNG
Uma das premissas que considero mais interessantes para uma psicologia pós junguiana é aquela sugerida pela formulação de Jung sobre a natureza do ego. Para ele, como se sabe, o ego era um complexo dentre muitos outros, mas articulado a uma diversidade de processos psíquicos que o tornam centro do fenômeno da consciência. Ao mesmo tempo sua autonomia em relação as dinâmicas da psique objetiva e, até mesmo sua substancialidade, são fenômenos profundamente relativos...
“... A consciência do eu é um complexo que não abrange o ser humano em sua globalidade: ela esqueceu infinitamente mais do que sabe. Ouviu e viu uma infinidade de coisas das quais nunca tomou consciência. Há pensamentos que se desenvolvem à margem da consciência, plenamente configurados e complexos, e a consciência os ignora totalmente. O eu sequer tem uma pálida idéia da função reguladora e incrivelmente importante dos processos orgânicos internos a serviço da qual está o sistema nervoso simpático. O que o eu compreende talvez seja a menor parte daquilo que uma consciência completa deveria compreender.
O eu, portanto, só pode ser um complexo parcelar. Talvez seja ele aquele complexo singular e único cuja coesão interior significa a consciência. Mas qualquer coesão das partes psíquicas não é em si mesma a consciência? Não se vê claramente a razão pela qual a coesão de uma certa parte de funções sensoriais e de uma certa parte do material de nossa memória deve formar a consciência, enquanto a coesão de outras partes da psique não a forma. O complexo da função de vista, da audição, etc., apresenta uma forte e bem organizada unidade interior. Não há razão para supor quer esta unidade não possa ser também uma consciência. Como bem nos mostra o caso da surda-muda e cega Hellen Keller, bastam o sentido do tato e a sensação corporal para tornar possível a consciência e faze-la funcionar, embora se trate de uma consciência limitada a estes dois sentidos. Por isto eu acho que a consciência do eu é uma síntese de várias “consciências sensoriais”, na qual a autonomia de cada consciência individual fundiu-se na unidade do eu dominante.
Como a consciência do eu não abrange todas as atividades e fenômenos psíquicos, isto é, não conserva todas as imagens nela registradas, e como a vontade, apesar de todo o seu esforço, não consegue penetrar em certas regiões fechadas da psique, surge-nos naturalmente a questão se não existiria uma coesão de todas as atividades psíquicas semelhante à consciência do eu, uma espécie de consciência superior e mais ampla na qual o nosso eu seria um conteúdo objetivo, como, por exemplo, o ato de ver, em minha consciência, fundido, como esta, com outras atividades inconscientes em uma unidade superior. A consciência de nosso eu poderia certamente estar encerrada numa consciência completa, como um circulo menor encerrado em um maior.”
( C G JUNG. Espírito e Vida, in OBRAS COMPLETAS DE C.G. JUNG. Volume VIII/2 “A Natureza da Psique/ tradução de Pe. Dom Mateus Ramalho Rocha. Petrópolis: Editora Vozes, 3° ed, p. 266 )
O VAZIO DO OUTRO...
Nada encontro
Nos olhos do outro
Além do múltiplo
Acontecer de si
Na caótica diversidade
Do existir humano...
Somos todos
A soma dos muitos
Dentro de nós
Na indeterminada
E cega busca
De um rosto
Que nos ensine
O elementar da vida
Enquanto desaprendemos
Quem somos...
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
MUSIC AND REAL...
Sigo no sentido do vento
O mágico acontecer
De uma melodia
Que me ensina
O falso da alma
Do meu acontecer
Em mundo...
Sei que tudo é mera ilusão
E busca
Do inatingível
De mim mesmo...
O mágico acontecer
De uma melodia
Que me ensina
O falso da alma
Do meu acontecer
Em mundo...
Sei que tudo é mera ilusão
E busca
Do inatingível
De mim mesmo...
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