segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

memory of future...

Memórias



São como sonhos


Que nos observam


De longe


Quando nos perdemos


Dentro de nós mesmos


Resgatando qualquer sentimento


De paz e felicidade


Que nunca tivemos


Mas se realiza como fato perdido


Na efêmera ilusão de um devaneio...


Assim nascem nossas pueris ilusões


De futuros possíveis


E quase perfeitos....



sábado, 16 de janeiro de 2010

APOLOGIA AO CELEBRO HUMANO...



O celebro é o grande objeto que nos faz sujeitos; a quintessência da humanidade; o passado e o futuro de todas as possibilidades humanas. Ou, ainda, simplesmente, a elementar essência da própria condição humana.



Ele é nossa única “realidade”... o começo, o meio e o fim de todas as coisas...

IMPERATIVO DO ACASO...



Apenas



O acaso e o caos


Condicionam


O acontecer das coisas.


Nada de humano


Define a natureza.


E mesmo assim


Nos iludimos


Com nossos supostos propósitos


E objetivos


Como se qualquer coisa


Dita ou sentida


Pudesse transcender


O amargo gosto de nada


Que todo possível inspira

no além da deusa fortuna...

ANATOMIA DO ACASO COMO TEMPORALIDADE VIVIDA



O dia dito no calendário não é idêntico aquele que vivemos sem direção precisa através do calendário, dos relógios e rotinas. Na verdade, não temos se quer consciência de tudo aquilo que ocorre no intervalo de 24 horas dentro e fora de nós afetando e condicionando tudo o que somos.



O segredo da liberdade é que ela é o surpreendente produto da soma de ilimitados determinismos que nos ultrapassam e realizam na exata medida em que os ignoramos e nos ignoram...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

FREE AND FOOL...



Faz muito tempo



Desisti de ser


O que as pessoas


Esperavam de mim...


Mas ainda não me tornei


Eu mesmo,


Perdido em impasses


Entre desejos, fantasias,


Sonhos, medos, ansiedades


E miragens de futuros...


Tudo que por agora


Me define


É um apagado esforço


No interior do vento


Que corre no acontecer


De um pássaro ainda em esboço...

free and fool
NOW... 


PROVERBIOS INGLESES PARA USO DIÁRIO...



"O glutão cava seu túmulo com seus dentes."



"O gato tem nove vidas: três por jogar, três por vaguear, três por ficar."


"Se os sábios não se enganassem, a vida seria difícil para os tolos."


"Os pequenos barcos não devem afastar-se da margem."


"A riqueza pode vir até nós, mas a sabedoria, temos de procurá-la."


"Coma, beba e fique feliz pois amanha morreremos."


"Muito para o leste, já é oeste."

Origem: Wikiquote, a coletânea de citações livre.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

HOUSE AND FILOSOFHY



Pode-se dizer que House é um tardio e rebelde discípulo de Shopenhauer. Mas a verdade é que ele nos oferece uma nova “filosofia do sofrimento” que se distancia de qualquer influencia romântica ou ascética. House é como uma espécie de Shopenhauer pós moderno que nos faz pensar sobre a complexidade da racionalidade contemporânea e a individuação como o mais viável de todos os princípios de vida. Isso é o mesmo que dizer que superar nossas representações de mundo é uma delicada opus niilista e uma reinvenção do saber cientifico...

SCHOPENHAUER: ENTRE A VONTADE E O NADA


Vinculada ao idealismo transcendental de inspiração kantiana, que pressupõe a realidade fenomenológica como uma representação subjetiva, a filosofia de Arthur Shopenhauer é, como se sabe, uma filosofia da vontade, vista como esencia da subjetividade e do eu.

Trata-se aqui de uma vontade universal e abstrata diante da qual o finito e limitado individuo humano mergulha nas “dores do mundo”. Há no pensamento de Shopenhauer um vinculo profundo entre vontade e sofrimento que lhe fez por merecer a alcunha de filosofo do pessimismo. Entretanto, não é propriamente o sofrimento que este autor nos ensina, mas a objetivização da vontade e a onipotência dos instintos como caminho para o essencial da experiência humana: O NADA que transcende a ingenuidade do mero “querer viver”...

domingo, 10 de janeiro de 2010

ESPECULAÇÕES SOBRE O TEMPO



A relação entre o presente e o passado constitui um estranho e cotidiano paradoxo. Afinal, a experiência do tempo presente pressupõe o passado imediato como uma tênue e incerta fronteira entre o agora e o antes. É impossível separar o acontecer de um do acontecer do outro. Entretanto, o presente permanece irracionalmente como o singular momento do sempre igual do novo em concreto e indeterminado devir...



Somente no presente a vontade manifesta-se como uma relação concreta com os objetos e coisas, nos fazendo sujeito e objetos de nós mesmos imersos em matéria, espaço e tempo...


Mas o próprio tempo é relativo... incerto e fugidio...

SOBRE A IGNORÂNCIA...

O que nos torna quem somos não é propriamente o caótico e pequeno universo de nossas convicções pessoais, memórias ou imagens subjetivas de mundo. Mas justamente tudo aquilo que ignoramos e desconsideramos em nossas opções e se faz parte do fundamental vazio de nossos sonhos e pesadelos de identidades e verdades eletivas.



Em poucas palavras, tudo o que pensamos ou concebemos sustenta-se sobre uma elementar e estrutural ignorância...