"A cada etapa da vida do homem corresponde uma certa Filosofia. A criança apresenta-se como um realista, já que está tão convicta da existência da peras e das maçãs como da sua. O adolescente, perturbado por paixões interiores, tem que dar maior atenção a si mesmo, tem que se experimentar antes de experimentar as coisas, e transforma-se protanto num idealista. O homem adulto, pelo contrário, tem todos os motivos para ser um céptico, já que é sempre útil pôr em dúvida os meios que se escolhem para atingir os objectivos. Dito de outro modo, o adulto tem toda a vantagem em manter a flexibilidade do entendimento, antes da acção e no decurso da acção, para não ter que se arrepender posteriormente dos erros de escolha. Quanto ao ancião, converter-se-á necessariamente ao misticismo, porque olha à sua volta e as mais das coisas lhe parecem depender apenas do acaso: o irracional triunfa, o racional fracassa, a felicidade e a infelicidade andam a par sem se perceber porquê. É assim e assim foi sempre, dirá ele, e esta última etapa da vida encontra a calmaria na contemplação do que existe, do que existiu e do que virá a existir.
Johann Wolfgang von Goethe, in "Máximas e Reflexões"
Hoje em dia percebo, nestes tempos de quase quarenta anos, o quanto mudei, ou tudo para mim mudou no sentimento de todas as coisas. Talvez já não me envolva tão profundamente com o mundo e com as pessoas como antigamente e tenha perdido o encanto subjetivo que nos conduz a irracionais pertencimentos a rotinas e pessoas.
O fato é que atualmente quase não sei do mundo nos labirintos de mim mesmo e minha única verdade é o pragmatismo de seguir em frente em busca de qualquer outra coisa alem do mero presente.
Mas não sei dizer se o passar dos anos me fez mais realista ou vazio, introspectivo, ou pleno na busca de sentidos e significados, quando simplesmente aprendi que todos eles são relativos e a vida objetiva nos oferece apenas modestas e provisórias possibilidades de realização e certeza... A finitude hoje é meu único desafio e aprendizado de existência em ant-metafísico sentimento do tempo que passa...
Hoje em dia percebo, nestes tempos de quase quarenta anos, o quanto mudei, ou tudo para mim mudou no sentimento de todas as coisas. Talvez já não me envolva tão profundamente com o mundo e com as pessoas como antigamente e tenha perdido o encanto subjetivo que nos conduz a irracionais pertencimentos a rotinas e pessoas.
O fato é que atualmente quase não sei do mundo nos labirintos de mim mesmo e minha única verdade é o pragmatismo de seguir em frente em busca de qualquer outra coisa alem do mero presente.
Mas não sei dizer se o passar dos anos me fez mais realista ou vazio, introspectivo, ou pleno na busca de sentidos e significados, quando simplesmente aprendi que todos eles são relativos e a vida objetiva nos oferece apenas modestas e provisórias possibilidades de realização e certeza... A finitude hoje é meu único desafio e aprendizado de existência em ant-metafísico sentimento do tempo que passa...