quinta-feira, 17 de julho de 2008

MIDNIGHT



Reinvento no fechar dos olhos
A criança que fui um dia
Apagando em mim
Todo o peso futuro,
Toda duvida presente
E cicatrizes passada.


Escapo ao espaço
E ao tempo...
Em algum lugar distante,
Destes que apenas sabemos
Em sombras de imaginações,
Aguarda-me um desejo,
Uma ilimitada vontade
De cruzar espaços,
Revolver a vida
Até respirar
Todo perfume azul do céu,

todo vento enterrado

No fundo d’ alma.

domingo, 13 de julho de 2008

MORTE BARDICA

Quando eu morrer
Quero minhas cinzas
Guardadas
Por um antigo carvalho
Em alguma floresta bretã,
Quero esquecer-me
Em meio ao verde
E ao sabor do vento
Em um ultimo jesto
De acaso e silêncio.

13 DE JULHO: DIA MUNDIAL DO ROCK


O rock and roll é veneno posto no som”

Pablo Casais, violoncelista

“O melhor rock and roll armazena uma alta doze de energia-uma certa raiva-tanto no estúdio quanto ao vivo. É isso, o rock and roll só é rock and roll se não for seguro.”

Mick Jagger, citado na Rolling Stone, 1988

Hoje é dia mundial do Rock... Dia de lembrar que, mais do que um estilo musical, o rock and roll tornou-se ao longo de sua evolução e história uma matriz cultural, um fenômeno sócio-comportamental sem precedentes. Definitivamente podemos defini-lo como uma das mais radicais expressões da liberdade, da individualidade e espontaneidade humana contra o convencional de todos os dias.
Rock and roll é, em poucas palavras, mais do que musica, é um ritmo de existência em cores vivas e psicodélicas.

sábado, 12 de julho de 2008

MONTY PHYTON: THE MEANING OF LIVE



A linguagem que define o humor do sexteto britânico Monty Phyton é construída por um amalgama de humor negro, sátira social, besteirol, niilismo e colagens surrealistas ou psicodélicas que resultam em seu singular e corrosivo no sense.
Tendo a considerar seu trabalho uma das mais significativas e relevantes amostras da sem sensibilidade cultural de fins dos anos 60 e inicio dos anos 70 do ultimo século.
Mas falando especificamente sobre um de seus longas para o cinema, ou mais especificamente, sobre The Meaning of Live ( O sentido da Vida), cabe dizer, antes de mais nada, que o considero um dos mais cínicos e sarcásticos registros sobre as dinâmicas da existência humana.
Mediante uma surreal coletânea de enquetes sobre temas como nascimento, trabalho, casamento, envelhecimento morte e religião, somos levados pela fragmentária narrativa cinematográfica a conclusão obvia do quanto é ridículo buscar na vida algum sentido e que, no final das contas, a grande piada é a necessidade humana de atribuir significados a coisas que absolutamente não possuem em si mesmas significado algum.
The Meaning of Life nos oferece um riso muito especial, o riso da caveira contra todas as nossas pueris certezas e crenças sobre a vida.

GIVE ME THE MOON AT MYFEET


O que chamam felicidade
Não é mais que vertigem,
Embriaguez e grito,
Um doce delírio
Ou saber o mundo
Dentro de si
Como um sol.


O que chamam de felicidade
É o acontecer mágico
Da natureza
Sem regras ou limites.


É um jeito estranho
De enlouquecer
E explodir de prazer
Em todas as cores da imaginação
E odores do pensamento.


É algo que raramente não existe...

INDIVIDUO

No reflexo de um rosto
Vejo apenas
Caos e luz
Em perturbadora simetria.

Entre os homens
Afinal
Não há sociedade
Nem utopias,
Apenas um jogo
De palavras ocas
E dissimulados delírios.

Serei eu
O único da minha espécie?

quinta-feira, 10 de julho de 2008

A MERE OBSTACLE


Nubla-se o mundo
Em um gole de pensamento.
Embriago-me...
Brincando de sol
Nos abismos da noite,
Buscando quietudes
Em jardins de espinhos.
On he Góes...
A mere obstacle.
Carrego-me nas costas
Em busca
De mim mesmo.
Now it is autumm...

LIFE

Vivo das migalhas
Do meu poderia ser,
Dos fantasmas
Do meu querer.
Vivo da morte
De antigos sonhos
E desafios de um tempo presente
Que nunca busquei.
Vivo da minha sorte
E do absoluto
De mil desejos
Em ilusões de sortes,
Magias, mancias e vaidades.

LITERATURA INGLESA XXXII



A Bussola de Ouro (1995), primeiro livro da triologia Fronteiras do Universo, escrita pelo britânico Phillip Pullman ( 1946-...), embora voltada para um publico infanto juvenil, nos surpreende com um narrativa rica e complexa.
Em linhas gerais podemos tomar a obra como um questionamento ou desconstrução do cristianismo enquanto religião institucionalizada e totalitária e, ao mesmo tempo, um refinado exercício imaginativo.
Naturalmente, o livro é mais interessante que sua recente adaptação cinematográfica e, em uma leitura mais profunda, é possível intuir algo menos imediato do que a critica ao cristianismo. Talvez o grande tema do livro seja na verdade uma critica ao fundamentalismo religioso de um modo geral, questão que nos assombra nesse inicio de milênio.
A leitura da Bússola de Ouro é insuficiente para avaliar o trabalho deste singular escritor que é Pillip Pullman, que já publicou, além da citada triologia , diversos contos e peças teatrais, tendo recebido por sua obra infanto juvenil o prémio Whitbread de livro do ano, o mais prestigioso da Inglaterra, assim como o prêmio Astrid Lindren Memorial Award de Literatura Infantil. O fato é que a repercussão de sua obra me chamou atenção para as novas formas assumidas pela narrativa literária destinada ao público infanto juvenil, sua aproximação cada vez maior da formula clássica do romance e o conseqüente alargamento do leque de seus leitores. Poderíamos ainda acrescentar como exemplo desta tendência o ciclo Harry Potter ou o Aragon de Cristopher Paolini.

DAY...


Durante anos
Aguardei o momento
De um dia novo,
Único e singular
Que revelasse a essência
Do meu amanhã.
Como se a vida
Pudesse ser compreendida
Em função de metas
E destinos
E tudo não fosse
Um nada
Dentro do tempo
E do vento.