I am stuck
Entre o crescimento
E a queda
Da minha presença
Na humanidade do tempo.
I am stuck
Entre certezas de realidade
E inquietantes duvidas
De mim mesmo.
I am stuck
Diante do rosto dos outros
Que quase não sabem
O fundo escuro de si mesmos.
I am stuck
Diante do acaso
Que me sonha acordado
Em delírios
De futuros
Quase perfeitos.
I am stuck
No impasse destes versos
Que não me levam
Alem da incerteza
Da palavra certa.
I am stuck
No gasto efeito da tradução de imagens
Onde me sinto e toco
Alem do concreto gosto
Do estar em cada dia
Cego em ilusões de eternidade.
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
DEFINIÇÃO DE ARTE
Arte é desconstruir desatentamente a realidade na alargada percepção da própria existência despida entre imaginações abertas. É mas adequado, nesse sentido falar, mesmo que impropriamente, de um “irreal” da realidade que exploramos quando simplesmente nos distraímos de nós mesmos.
Cada instante faz-se então uma ilusão de atemporalidade, um estado difuso de estar em si mesmo sem o seguro acorandouro do próprio rosto escrito em certezas de mundo.
Arte é apenas uma palavra que nos define uma meta condição de nós mesmos dentro das coisas abstratas e concretas que chamamos mundo vivido.
Cada instante faz-se então uma ilusão de atemporalidade, um estado difuso de estar em si mesmo sem o seguro acorandouro do próprio rosto escrito em certezas de mundo.
Arte é apenas uma palavra que nos define uma meta condição de nós mesmos dentro das coisas abstratas e concretas que chamamos mundo vivido.
SONHO DRUIDICO
Florestas, elfos
E fadas
Ensinam-me noites
E magias
As margens
De um lago antigo.
Sonhos imprecisos
Em desmaios d’alma
Acordam-me em delírio
Para o maravilhoso irracional
Do subterrâneo acontecer
Do mundo.
Inspira-me o vento
No sussurrar esquecidas sabedorias
O susto do movimento
Da vida.
De uma parte a outra
De mim mesmo caminho
Disperso em diversas
Variações do meu rosto.
E fadas
Ensinam-me noites
E magias
As margens
De um lago antigo.
Sonhos imprecisos
Em desmaios d’alma
Acordam-me em delírio
Para o maravilhoso irracional
Do subterrâneo acontecer
Do mundo.
Inspira-me o vento
No sussurrar esquecidas sabedorias
O susto do movimento
Da vida.
De uma parte a outra
De mim mesmo caminho
Disperso em diversas
Variações do meu rosto.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
MAGICA MATÉRIA
Vagos são os desejos...
Desejo tanto
a perfeição
da impossivel sedução
de imaginárias delicias
que me esqueço
constantemente
no infinito querer
que escurece os dias.
Não me percebo
até mesmo
no prazer pequeno
das liberdades das sensações,
no degustar de noites
sem pensamentos
em cheiros e sabores
de materia viva.
Desejo tanto
a perfeição
da impossivel sedução
de imaginárias delicias
que me esqueço
constantemente
no infinito querer
que escurece os dias.
Não me percebo
até mesmo
no prazer pequeno
das liberdades das sensações,
no degustar de noites
sem pensamentos
em cheiros e sabores
de materia viva.
domingo, 24 de fevereiro de 2008
ALMA ANIMAL
Meu pensamento
beija sombras de vontades
que ventam
em um aberto ceu nervoso.
Vestem vermeho
minhas imaginações,
em festa de embriagados
instintos liricos obcenos.
Mas o desejo
é apenas uma fantasia distante
a assombrar o finito
e o precário da realidade
que me aprisona os dias;
é uma mera religião
ditada por sentidos e sensações
que definem o mundo
em minha alma animal
como principio.
beija sombras de vontades
que ventam
em um aberto ceu nervoso.
Vestem vermeho
minhas imaginações,
em festa de embriagados
instintos liricos obcenos.
Mas o desejo
é apenas uma fantasia distante
a assombrar o finito
e o precário da realidade
que me aprisona os dias;
é uma mera religião
ditada por sentidos e sensações
que definem o mundo
em minha alma animal
como principio.
NOITE, EU E FANTASIA
Em noites claras
de luar sereno
tento por vezes
arrumar estrelas
no ceu ,
saberd destinos e caminhos
no brilho distante
de luzes em coleções.
O ceu se faz espelho
e devaneio
para o meu eu
disperço no caos do mundo.
Sinto me-me como criança
no infinito obscuro
das posibilidades d vida.
Em liberdades e acasos
meu se faz
quase absoluto.
de luar sereno
tento por vezes
arrumar estrelas
no ceu ,
saberd destinos e caminhos
no brilho distante
de luzes em coleções.
O ceu se faz espelho
e devaneio
para o meu eu
disperço no caos do mundo.
Sinto me-me como criança
no infinito obscuro
das posibilidades d vida.
Em liberdades e acasos
meu se faz
quase absoluto.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
O MITO DO SIGNIFICADO
Nenhum fenômeno é mais fascinante do que o da consciência. Pode-se dizer que ela difere a condição humana da condição animal na medida em que estabelece a objetividade do mundo através de imagens de sentido e uma infinita alternativa de significados.
Em outras palavras, a consciência é o lugar do humano como sujeito da criação do mundo exterior e, ao mesmo tempo, objeto de seu mundo interior ou inconsciente.
Como observa Aniela Jaffé em O MITO DO SIGNIFICADO NA OBRA DE C G JUNG:
“ O “Mito do Significado” de Jung trata da consciência. A tarefa metafísica do homem consiste na contínua ampliação da consciência em geral, e seu destino como indivíduo, na criação da consciência individual. É a consciência que dá significado ao mundo. “ Sem a consciência reflexiva do homem, o mundo carece de uma gigantesca falta de sentido, pois o homem, pela nossa experiência, é o único ser capaz de perceber sentido”, escreveu Jung a Erich Neumann ( março de 1959). Entretanto, a ênfase de Jung na consciência nunca significou uma desvalorização do inconsciente, nem ele sequer cogitou que este pudesse ser “subjulgado”. Uma substituição do inconsciente pela consciência é totalmente inconcebível, se considerarmos que a esfera de ação dos dois não pode ser comparada, e que a consciência só adquire seu poder criativo estando enraizada no inconsciente, embora possamos ser inteiramente inconscientes da existência deste. A alta avaliação que Jung fazia da consciência estava presente nele, em embrião, desde o começo. Mas só no curso das décadas ele chegou a reconhecer seu papel predominante no destino humano. Inicialmente, antes de ter sondado as profundezas da sua natureza paradoxal, confiou nos poderes criativos do inconsciente. Foi isso que o induziu a dar uma oportunidade aos primórdios do nacional socialismo, apesar de todas as suas reservas objetivas. Ele o viu, muito corretamente, como uma erupção de forças coletivas oriundas do inconsciente, mas estava ainda inclinado, na ocasião, a dar precedência ao mito do inconsciente sobre o mito da consciência.”
(Aniela Jaffé. O Mito do significado na obra de C G Jung./ tradução de Daniel Camarinha da Silva e Dulce Helena Pimentel da Silva. SP: Cultrix,, s/d, p. 141 et seq)
Em outras palavras, a consciência é o lugar do humano como sujeito da criação do mundo exterior e, ao mesmo tempo, objeto de seu mundo interior ou inconsciente.
Como observa Aniela Jaffé em O MITO DO SIGNIFICADO NA OBRA DE C G JUNG:
“ O “Mito do Significado” de Jung trata da consciência. A tarefa metafísica do homem consiste na contínua ampliação da consciência em geral, e seu destino como indivíduo, na criação da consciência individual. É a consciência que dá significado ao mundo. “ Sem a consciência reflexiva do homem, o mundo carece de uma gigantesca falta de sentido, pois o homem, pela nossa experiência, é o único ser capaz de perceber sentido”, escreveu Jung a Erich Neumann ( março de 1959). Entretanto, a ênfase de Jung na consciência nunca significou uma desvalorização do inconsciente, nem ele sequer cogitou que este pudesse ser “subjulgado”. Uma substituição do inconsciente pela consciência é totalmente inconcebível, se considerarmos que a esfera de ação dos dois não pode ser comparada, e que a consciência só adquire seu poder criativo estando enraizada no inconsciente, embora possamos ser inteiramente inconscientes da existência deste. A alta avaliação que Jung fazia da consciência estava presente nele, em embrião, desde o começo. Mas só no curso das décadas ele chegou a reconhecer seu papel predominante no destino humano. Inicialmente, antes de ter sondado as profundezas da sua natureza paradoxal, confiou nos poderes criativos do inconsciente. Foi isso que o induziu a dar uma oportunidade aos primórdios do nacional socialismo, apesar de todas as suas reservas objetivas. Ele o viu, muito corretamente, como uma erupção de forças coletivas oriundas do inconsciente, mas estava ainda inclinado, na ocasião, a dar precedência ao mito do inconsciente sobre o mito da consciência.”
(Aniela Jaffé. O Mito do significado na obra de C G Jung./ tradução de Daniel Camarinha da Silva e Dulce Helena Pimentel da Silva. SP: Cultrix,, s/d, p. 141 et seq)
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
ANTI COTIDIANO
Todos os dias
Perco-me nas mesmas rotinas
Em cotidianos ritos.
Mas sonho em cada
Mecânico ato
O inesperado
Da singularidade
De uma noite infinita
Em puro acontecer
De vida
Em súbita subjetividade
E alegria de acaso.
Perco-me nas mesmas rotinas
Em cotidianos ritos.
Mas sonho em cada
Mecânico ato
O inesperado
Da singularidade
De uma noite infinita
Em puro acontecer
De vida
Em súbita subjetividade
E alegria de acaso.
CONTROVÉRSIA DE ESPELHO
Leio nas entrelinhas
Do dia
Que me cobre a face
Os sorrisos escondidos
De distantes instantes
De imaginações e sonhos.
Em tudo que pensamos
Há, afinal,
Mais fantasia
Que realidade,
Mais alegrias e oceanos
Do que certezas
E enganosos acenos
De sedutoras verdades.
Meu destino
É o controvertido esforço
De criar um futuro
Que sustente o presente
Dos meus equívocos
Na intuição de mim mesmo
Alem do rosto
E em aleatório movimento
De plena liberdade.
Do dia
Que me cobre a face
Os sorrisos escondidos
De distantes instantes
De imaginações e sonhos.
Em tudo que pensamos
Há, afinal,
Mais fantasia
Que realidade,
Mais alegrias e oceanos
Do que certezas
E enganosos acenos
De sedutoras verdades.
Meu destino
É o controvertido esforço
De criar um futuro
Que sustente o presente
Dos meus equívocos
Na intuição de mim mesmo
Alem do rosto
E em aleatório movimento
De plena liberdade.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
CRONICA RELAMPAGO XX
As vezes vislumbro um verdadeiro abismo entre as palavras que cotidianamente me povoam, articuladas por pueris discursos de pragmático estar e ser, e os sentimentos ( valorações) difusos que me inquietam intimamente. Talvez tal distanciamento revele na verdade o abismo que condiciona a relação do meu eu com o mundo; o quanto somos em alguma medida disfuncionais a vida em sociabilidades publicas e privadas ( “sociedade” ). Contra isso, movimenta-se minha própria consciência em construção e busca.
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