Nenhum fenômeno é mais fascinante do que o da consciência. Pode-se dizer que ela difere a condição humana da condição animal na medida em que estabelece a objetividade do mundo através de imagens de sentido e uma infinita alternativa de significados.
Em outras palavras, a consciência é o lugar do humano como sujeito da criação do mundo exterior e, ao mesmo tempo, objeto de seu mundo interior ou inconsciente.
Como observa Aniela Jaffé em O MITO DO SIGNIFICADO NA OBRA DE C G JUNG:
“ O “Mito do Significado” de Jung trata da consciência. A tarefa metafísica do homem consiste na contínua ampliação da consciência em geral, e seu destino como indivíduo, na criação da consciência individual. É a consciência que dá significado ao mundo. “ Sem a consciência reflexiva do homem, o mundo carece de uma gigantesca falta de sentido, pois o homem, pela nossa experiência, é o único ser capaz de perceber sentido”, escreveu Jung a Erich Neumann ( março de 1959). Entretanto, a ênfase de Jung na consciência nunca significou uma desvalorização do inconsciente, nem ele sequer cogitou que este pudesse ser “subjulgado”. Uma substituição do inconsciente pela consciência é totalmente inconcebível, se considerarmos que a esfera de ação dos dois não pode ser comparada, e que a consciência só adquire seu poder criativo estando enraizada no inconsciente, embora possamos ser inteiramente inconscientes da existência deste. A alta avaliação que Jung fazia da consciência estava presente nele, em embrião, desde o começo. Mas só no curso das décadas ele chegou a reconhecer seu papel predominante no destino humano. Inicialmente, antes de ter sondado as profundezas da sua natureza paradoxal, confiou nos poderes criativos do inconsciente. Foi isso que o induziu a dar uma oportunidade aos primórdios do nacional socialismo, apesar de todas as suas reservas objetivas. Ele o viu, muito corretamente, como uma erupção de forças coletivas oriundas do inconsciente, mas estava ainda inclinado, na ocasião, a dar precedência ao mito do inconsciente sobre o mito da consciência.”
(Aniela Jaffé. O Mito do significado na obra de C G Jung./ tradução de Daniel Camarinha da Silva e Dulce Helena Pimentel da Silva. SP: Cultrix,, s/d, p. 141 et seq)
Em outras palavras, a consciência é o lugar do humano como sujeito da criação do mundo exterior e, ao mesmo tempo, objeto de seu mundo interior ou inconsciente.
Como observa Aniela Jaffé em O MITO DO SIGNIFICADO NA OBRA DE C G JUNG:
“ O “Mito do Significado” de Jung trata da consciência. A tarefa metafísica do homem consiste na contínua ampliação da consciência em geral, e seu destino como indivíduo, na criação da consciência individual. É a consciência que dá significado ao mundo. “ Sem a consciência reflexiva do homem, o mundo carece de uma gigantesca falta de sentido, pois o homem, pela nossa experiência, é o único ser capaz de perceber sentido”, escreveu Jung a Erich Neumann ( março de 1959). Entretanto, a ênfase de Jung na consciência nunca significou uma desvalorização do inconsciente, nem ele sequer cogitou que este pudesse ser “subjulgado”. Uma substituição do inconsciente pela consciência é totalmente inconcebível, se considerarmos que a esfera de ação dos dois não pode ser comparada, e que a consciência só adquire seu poder criativo estando enraizada no inconsciente, embora possamos ser inteiramente inconscientes da existência deste. A alta avaliação que Jung fazia da consciência estava presente nele, em embrião, desde o começo. Mas só no curso das décadas ele chegou a reconhecer seu papel predominante no destino humano. Inicialmente, antes de ter sondado as profundezas da sua natureza paradoxal, confiou nos poderes criativos do inconsciente. Foi isso que o induziu a dar uma oportunidade aos primórdios do nacional socialismo, apesar de todas as suas reservas objetivas. Ele o viu, muito corretamente, como uma erupção de forças coletivas oriundas do inconsciente, mas estava ainda inclinado, na ocasião, a dar precedência ao mito do inconsciente sobre o mito da consciência.”
(Aniela Jaffé. O Mito do significado na obra de C G Jung./ tradução de Daniel Camarinha da Silva e Dulce Helena Pimentel da Silva. SP: Cultrix,, s/d, p. 141 et seq)
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