segunda-feira, 20 de outubro de 2025

PALAVRA SUJA

Recuso a afetação solene,
a retórica pomposa
das letras mortas 
que ainda ecoam
nos salões dos eruditos.

Prefiro a palavra suja,
deselegante, coloquial,
amoral, vulgar,
que fala mais aos sentidos
do que ao pensamento.

Gosto da palavra descalça,
franca e direta,
que reclama, protesta,
e semeia insurgências.

Gosto da palavra que pede briga,
que não se intimida,
que ousa dizer não.







Nenhum comentário: