despreza o absurdo da realidade
como um cativo odeia
as grades de sua prisão.
Juntem seus sonhos,
suas silenciosas desistências
e dolorosas resistências.
Organizem a raiva.
Juntem suas misérias,
angústias e renúncias
contra o mundo morto
que nos obriga, sempre de novo,
ao conformismo da mais cega sobrevivência.
Lutem contra o medíocre resto
de suas tristes e inúteis existências.
Imaginem um mundo novo,
qualquer outra experiência
que transcenda a desigualdade e a miséria.
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