terça-feira, 30 de janeiro de 2024

SUBJETIVAÇÃO

Nunca serei sujeito de nenhuma verdade 
ou prisioneiro de qualquer identidade.

Minha subjetividade se faz na arte
de me reduzir a miragem,
de me deixar seduzir pelo devir e a paisagem.

Ser é, para mim,
 sempre me perder em algum ponto móvel
entre o mundo e mim mesmo,
entre silêncio e linguagem,
além da aparência e da essência.

Viver é não ser parte de nada
na experiência de tudo.
É nunca ter expectativas.
É aprender a morrer
na eternidade de cada segundo.

Não há diferença significativa
entre um ser humano e uma barata.


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