sexta-feira, 22 de setembro de 2023

INSIGNIFICÂNCIA ONTOLÓGICA

Não sou senhor da minha vida, 
Da minha morte, 
Da minha vontade, 
Dos meus pensamentos,
 Ou, ainda, 
da minha própria sorte. 

 Meu corpo e meu tempo 
Não me pertencem. 
Como não são minhas 
As memórias da minha própria existência.

 A prisão de uma identidade 
Me impõe a ilusão de duração e essência 
Contra a experiência de acontecer Provisório 
e desfeito em mundo 
Até o silencioso fim dos meus dias inuteis.

Nenhum comentário: