sexta-feira, 14 de julho de 2023

CONDENADOS

Estamos todos hoje
em intenso estado de desabrigo,
de silêncio e grito,
vivendo em  vertigem
a invenção de nossa mais íntima morte coletiva.

O essencial abriga-se no corpo
contra a percepção e a linguagem
através do efêmero espetáculo da consciência.

Estamos condenados a qualquer sobre-vivência,
aos conformismos e  ilusões consagradas pela estupidez da fé  e da razão
mais ordinária.

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