Sem grande esforço,
o peso das identidades,
convicções e tradições
que me definiam o mundo.
Troquei o possível pelo imprevisível.
Provei a liberdade dos mendigos
e a sensibilidade de um deus vadio.
Descartei toda mania de poder,
toda ilusão de verdade
e dogmática miséria de qualquer forma de fé.
Aprendi o acaso como caminho
e me abriguei no silêncio mais sublime
para nunca mais me perder
na prisão abstrata
da afirmação leviana
de alguma certeza universal e sem graça.
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