segunda-feira, 29 de agosto de 2022

A VIRTUDE DA IGNORÂNCIA

Eu, que pensava  demais,
que sabia das coisas,
e explicava o mundo,
Não passava de um ninguém 
enterrado em palavras.
Qualquer coisa viva,
Inutilmente consciente,
Perdida na  geografia urbana,
entre a fome, o sono,
e o tempo.

Eu que pensava de tudo
não sabia a importância
da minha própria ignorância,
não conseguia escutar meus tantos silêncios.





Nenhum comentário: