Como intuição do sem nome da vida,
Como antecipação de um tempo absoluto,
Onde a realidade é um sonho absurdo.
A poesia exige o corpo refeito em mundo
E o mundo desfeito em corpo.
Ela é a revelação inumana das coisas,
A superação do homem como medida da experiência.
A poesia é a quebra da representação,
A palavra incendiada e des- sacralizada.
Ela é o martelo que nos diz
Que já é tempo de superar todos os rebanhos,
Enterrar tudo que é gregário,
E assumir de vez a insignificância de todo existir e presença.
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