terça-feira, 5 de julho de 2022

A VELHA ÁRVORE

Sou a velha árvore
Que me viu crescer,
Que soube a morte
Das coisas
Em seu próprio tronco
E cujas raízes
Buscaram o inferno
Para renascer.

O que fez nela o tempo
Que sonha nossas vidas?
A árvore não sabe dizer 
No invisível da memória
Que transcende a geografia.

O quintal vazio
Tem rosto de cemitério.

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