quinta-feira, 28 de abril de 2022

A VIDA QUE SEGUE

Minha vida segue,
como sempre,
provisória, inacabada,
e incerta.
Nada nela é verdadeiro ou seguro,
nem mesmo minha consciência 
que, através das coisas,
é outra no exercício do verbo.

Quanto mais tempo existo
 mais diverso me faço de mim mesmo
diluído em meu próprio corpo.

Qualquer ilusão me sustenta,
disperso, 
enquanto cresce dentro de mim
um mortal silêncio. 

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