domingo, 30 de janeiro de 2022

FUGA N° 0

Desencantado do mundo,
decepcionado com o humano,
e doente de vida,
passei meu passado a limpo
no limbo dos futuros perdidos.

Sofri todos os destinos amargos e imaginaveis
para depois desaparecer em um grito,
transgredindo todos os limites
de nossa triste condição humana.

Desfeito no intempestivo,
roubei, então, do nada o infinito,
para abrigar meus vazios
nos incertos cumes do niilismo.

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