entre os enunciados,
ou no buraco dos versos e das frases,
aquilo que escutamos das coisas.
A realidade pulsa,
é movimento e jogo de forças,
indeterminação e tensão,
ou uma quase alucinação.
Nada é o que parece.
Nada está definido.
A vida é um ato de rebelião permanente das identidades,
significações e verdades.
Vêr é saber-se outro,
é escutar as coisas
e se tornar ninguém
através das palavras.
Apenas as coisas falam.
A linguagem lhes pertence
na contramão das representações.
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