em uma escrita de si
estão sempre fugindo
no traço do meu desaparecimento.
O subjetivo em mim
é impessoal e íntimo.
Ele é intenso movimento inerte.
Tenho edificado com letras duras
um caminho sem rumo
na geografia do pensamento.
Pouco me importa a ordem do discurso,
a prisão dos enunciados.
Gagejo, uivo,
no hermetismo da ficção.
Sei que só há ciência
na literatura
e que a verdade dança
no ritmo do irrazoável,
do inclassificável.
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