o silêncio me abraça em palavras,
me afogo em signos,
metáforas e memórias.
Minha fala da voz ao interdito,
ao não sentido,
ao incomunicável onde existo
como avesso da palavra
que me inventa um rosto e significa.
Falar é escapar a si mesmo
na ilusão do legivel.
Sou um silêncio que fala,
uma falta que transcende a ausência.
Falar me sufoca
na agonia da boca.
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