terça-feira, 29 de dezembro de 2020

ALÉM DO BIOS E DA POLÍTICA

Quando meu eu se perder no múltiplo do corpo,
Não serei mais um ensaio infinito
De ser gente e bicho.
Serei na arte de viver o nada,
Incontido em qualquer resposta humana que defina o mundo
E a gentalha.
Me farei  animal e corpo,
Afeto e vazio,
Através do encontro incerto
Entre o eu e o mundo.
Serei outra coisa,
No meio da criança e da morte,
Através da miragem de mim mesmo,
Na invenção da pós liberdade
Contra a pólis.

Nenhum comentário: