terça-feira, 27 de outubro de 2020

PALAVRA ABRIGO

 


Dentro das palavras

inventei um abrigo

contra o silêncio do mundo.

Reaprendi infâncias,

reinventei meu corpo,

e acordei um mar na garganta.


Moro agora no verso e na prosa

que me acontece no sem tempo da imaginação.

Quase não sou gente.

Sou feito de imaginação,

de experimentações e ensaios

com a pele das coisas.

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