domingo, 5 de abril de 2020

DEVIR & INFINITO

Abomino o cotidiano,
A banalidade de nossas rotinas,
A lei e a ordem da mesmice
Que funda a moral, Estados e tradições.

Gosto do extraordinário,
Do incerto de cada dia,
Do medo e do inédito 
Que debocha de todo conformismo.

Amo o improviso,
O aleatório da invenção do artista, 
Nossa impermanência e vertigem.
Nossa diária morte secreta
Que sempre de novo 
Transforma a vida.

Sou no devir que me arrasta,
A imanência 
Que me consome e ensina,
A maravilha do infinito em movimento,
Que reduz o absurdo do universo 
Ao ilegível intenso da poesia.




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