Quarquer dia destes,
A hora do esgotamento definitivo.
Do cansaço absoluto
De ser e saber o mundo.
Será o colapso de todos os discursos,
A confusão dos afetos,
E a vitória do silêncio.
Chegará, tenho certeza,
O dia da grande descrença,
Da bela desgraça
Da saturação de todos os propósitos e significados.
Tudo vai sair do controle,
Nada vai fazer sentido.
Todos irão parar sem motivo
Para contemplar perplexos
O infinito vazio da consciência.
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