A vida é como um segredo intransmissível do corpo. E o que pode o corpo como parte da natureza?
A vida não nos pertence, ela acontece através do corpo, esta composição complexa de coisas diversas, que se articula em um plano imanente que é a própria natureza/mundo.
O que somos nós? Como podemos ser algo diverso das coisas e não as próprias coisas? Eis a contradição da linguagem como artifício ontológico.
Há uma alma do mundo na ausência de nosso espírito, na mistura do orgânico e do inorgânico. A consciência não nos define na experiência das coisas. O mundo acontece no múltiplo e no diverso contra nosso ideal de existência, contra a ilusão do ser. Vida e não vida são grandezas equivalentes.
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