quinta-feira, 5 de março de 2020

DIVERSIDADE E DEVIR


"Nada é permanente, salvo a mudança."
Heráclito

A composição e decomposição dos corpos define a inconstância do existente, sua indeterminação. A mudança aqui, entretanto, não intenta um outro, o novo, mas o movimento cego como premissa da própria condição do existente além da ilusão da identidade e da duração.

Mudança aqui não serve a qualquer propósito teleológico, mas a paradoxal identidade daquilo que não é, que se afirma pela negação e pela imprecisão, levando ao limite qualquer relação ou dialogo entre as coisas que se apresentam a como fixas e estáveis em uma espacialidade orgânica (cosmos).

A mudança, como inconstância e indeterminação, é aquilo que nos diz que nada é no sentido de nossa percepção. Aquilo que é difere de si mesmo e se realiza como criação de si mesmo através da diferença, não como negação, mas afirmação do diverso.

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