quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

DO CORPO, DA LIBERDADE


É no corpo que o mundo existe,
que o pensamento vira comportamento
através do dizível e do visível.
É também no corpo
que o poder se inscreve,
que a norma desenha a opressão do gesto.

Mas o mesmo corpo produz, ainda,
o  espontâneo e o novo,
na medida em que cria,
que deseja,
que inventa o inesperado
Na intuição do indizível,
para dar forma a liberdade
que ele próprio exige
como uma grande dança
De celebração do sensível.

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