quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

A PALAVRA MOVENTE


Sou escravo desta palavra torta que me liberta de mim mesmo, que nega o mundo e  se escreve no corpo, como afeto, movência, que alimenta imaginações profundas na superfície da consciência que rasga livros. 

Esta palavra que não respeita a gramática de qualquer moral ou verdade, é  expressão radical da vida impossível latente no vento de enunciados aberrantes. Ela é a intimidade de um niilismo que não  reconhece qualquer autoridade e nasce no ventre das agonias mais cotidianas e urgentes como abstrata e existencial paisagem.

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