Estamos todos habilitados a falar. Mas nossas falas estão cheias de vícios miméticos, poluídas por dizibilidades, limites, que aprisionam o dizer a um replicar coletivo de banalidades sociais.
Falar, entretanto, é um ato de criação antes de ser um exercício de comunicação e poucos são capazes de alcançar a dignidade do dizer.
É necessária a intuição de um poeta para saber a metafísica simples das palavras e a experiencia do não lugar do falar mais autêntico.
A qualidade do falar é o que nos faz dignos de participar do jogo social, esta ficção que constitui a essência do animal humano e que se reduz, em ultima instancia, a suas tantas dizibilidades, que fundam modos de ser.
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