quinta-feira, 1 de agosto de 2019

SOBRE O DEVIR COTIDIANO



“Aqueles que falam de revolução e de luta de classes sem se referir à vida cotidiana, sem compreender aquilo que há de subversivo no amor, de positivo na recusa do constrangimento, estes carregam na boca um cadáver.”
Raoul Vaneigem


A coerência do mundo é obra do cotidiano. Através das pequenas coisas do dia a dia a vida se inventa como uma complexa rede de integração de corpos diversas que se movem em simetrias, oposições e composições.

Recusamos uma definição do cotidiano como habito, como sinônimo de senso comum. O cotidiano é antes de tudo o espaço de vivencias imediatas na duração do estantaneo.
 
Ele é feito de um único instante que se desdobra em infinitas variações de si mesmo. O que  faz o instante devir é o movimento dos corpos e suas múltiplas composições e recomposições.
Tempo é extensão e duração.

Natureza é
movimento.


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