Detesto a
palavra que apenas se ocupa com informação, com a comunicação corriqueira,
mecânica, onde o que é dito precisa ser reconhecido como mensagem corriqueira.
Falo da palavra destinada a circulação, a troca e a barganha diária daquilo que
não diz nada, que precisa reduzir tudo a um nome ou a uma explicação.
Esta
palavra aprisionada pela razão, serve
sempre a um eu vaidoso que inventa objetos, que diz o que é e o que não é e tem
a pretensão de reduzir o mundo a condição de um texto quase infinito onde tudo
é compreensível.
Já a
palavra que me procura é quase imagética, não diz as coisas, é movimento,
ritmo, expressão afetiva e sensações. Ela é espaço, campo de significações e
invenções quase ilimitadas. Em suma, corporificações de pensamentos contra toda
tradição logocêntrica.
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