O homem de
pensamento, desde Platão, mantem a cabeça nas nuvens. Evita a terra, o
cheiro da vida. Julga-se qualquer aberração além de sua elementar animalidade.
Sonha mesmo uma elevada ordem universal que aprisiona toda natureza e tudo que
é manifesto.
O homem de
pensamento possui máximas e formulas para tudo. O artificio moral lhe proporciona
todas as armas necessárias a defesa de sua sagrada verdade.
Ele é como cadáver do verdadeiro, escravo de gramáticas e abstrações.
Quase não
enxerga o corpo que é, evita as artes...
Homens de pensamentos são definitivamente criaturas patéticas e sem alma.
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