terça-feira, 8 de janeiro de 2019

LABIRINTO E VERTIGEM NA CONTEMPORÂNEIDADE



Na mitologia grega o labirinto de Creta construído por Dédalo pala alojar o lendário Minotauro parece ter estabelecido para nós o conceito de uma estrutura física formatada por desenhos de encaixes desordenados, seja voltados para um centro ou para varias saídas.  Mas o aspecto que quero ressaltar é que a imagem de labirinto esta mais  associada a uma experiência espaço sensorial de vertigem e desorientação do que propriamente a uma edificação prisional. Podemos vincula-la a experiência do vagar sem rumo, tema que é muito mais amplo. Desta forma, o gosto pela experiência labiríntica é presente tanto na arte quanto na narrativa mítico religiosa de iniciação para caracterizar imagens mentais onde o indivíduo é confrontado com algum tipo de estado de busca e desorientação. Por tal característica a experiência de labirinto é sempre solitária.

Embora vinculado tradicionalmente a busca por alguma experiência de verdade, o fato é que podemos hoje vincular a imagem do labirinto a uma fuga da própria verdade. Tal imagem pode representar no mundo contemporâneo a recusa das segmentações e coletivismos que nos definem a vida comum. Ela pode dizer a condição dos loucos e desajustados, convertendo-se em um símbolo de contra cultura.

   

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