segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

CORPO, MUNDO E SUBJETIVIDADE


É através do corpo que habitamos o mundo, que inventamos a nos mesmos mediante diversas estratégias de internalização do exterior. A subjetividade se produz neste processo que pressupõe sempre a pluralidade de um eu e de um outro. O próprio corpo afirma sua identidade móvel, múltipla, na medida em que se nutre de mundo, que é ele mesmo uma diversidade de coisas em uma unidade de arranjos provisórios, de interações permanentes. O subjetivo é sempre dialógico e condicionado a impessoalidade da linguagem, da circulação de signos e símbolos, dos seus arranjos de significado que sempre remetem a uma exterioridade.

Essa composição entre o corpo que  sou no movimento de estar contido e conter em si mesmo o mundo como experiência de si mesmo é o grande paradoxo que inventa a subjetividade em sua prossessualidade.

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