O otimismo
iluminista (ou socrático) de que a educação pode nos conduzir ao melhor dos
mundos ou, seja, a emancipação ou maioridade da própria humanidade, ainda
frequenta nosso imaginário contemporâneo. Talvez isto se deva ao fascínio pela “verdade”
que orienta desde os gregos a chamada civilização ocidental. A mitificação do
saber e do conhecimento, da razão, seja como traço divino no homem, como na
Idade Media, ou como instrumento de transcendência da natureza, como na época moderna,
nos conforma a modos de vida profundamente influenciados por uma suposta
autoridade ou superioridade do conhecimento sobre a vida. O viver, o bem viver, não é tido como um valor, como uma estratégia
pessoal de auto desenvolvimento. A introjeção
de saberes formais, canônicos e
hierarquizados é o parâmetro para definição daqueles cuja fala é ou não é
pertinente em termos sociais. Desta
forma, a educação se reduz a um mecanismo de seleção e adequação a norma, a "verdade", e ao conformismo social. Ela não nos proporciona qualquer potencial
emancipatório, como propagado pelas narrativas dominantes.
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
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