Considero o conceito de complexos afetivos autônomos desenvolvido por
Jung, a partir dos testes de associação de palavras, realizados de forma
experimental no inicio de sua carreira psiquiátrica, uma das contribuições mais relevantes da
chamada psicologia analítica para cartografia da psique. Afinal, quem pode
negar que os deuses tornaram-se doenças? Quem pode evitar o espinhoso tema das
interseções destas afetividades personificadas nas nossas opções e práticas
mais cotidianas? Conteúdos constelados nos invadem como uma possessão. Não
somos senhores do que sentimos, do que pensamos e, muito menos, somos o que
somos. Afinal estamos falando sobre entidades psíquicas que gravitam em torno
da consciência, mas inexistem atuando como uma espécie de extra ser. Jung nos
possibilita dizer, na contramão do iluminismo, que as ideias pensam através de
nossas emoções.
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
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