quarta-feira, 8 de novembro de 2017

MATURIDADE INTELECTUAL

As molduras do meus pensamentos estão gastas. Nem mesmo sei dizer se ainda penso, no sentido de qualquer reflexão nômade, ou se apenas insisto em repetir velhas receitas pseudo acadêmicas que já não me definem, que não dão mais conta de minhas tantas inquietações.
                    
Hoje sofro o peso do tanto que ignorei, do pouco que considerei, e lamento a impertinente tendência a me considerar alto suficiente, senhor dos meus próprios enunciados, quando apenas me fartava de cultura livresca e requentada.
O tempo passa indiferente aos  quadros de pensamentos que decoram nossas praticas cotidianas. Não é por acaso que a grande maioria não se ocupa dos jogos do pensamento, não os pendura nas paredes da alma.


A verdade não nos leva a nada além do inútil vicio da verdade. Mas aquilo que nos faz livres são as dúvidas e inquietações que não se intimidam com a autoridade de qualquer livro, que ignoram as molduras do pensamento, mas buscam a sua essência na folha em branco.

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