Embora a paisagem seja composta pelo somatório de uma diversidade de objetos individualizados, seus detalhes me escapam. Apenas posso apreende-la como totalidade aberta, em movimento, onde cada detalhe se relaciona ao outro como peças de um quebra cabeça.
Percebo ritmos e movimentos que fazem do espaço povoado de coisas uma especie de atmosfera que me envolve e reduz a mais um objeto entre tantos outros. O que vejo é parte de mim mesmo através da consciência do que me circunda. Sou um ponto dentro da paisagem e, portanto, a própria paisagem.
O tempo e espaço ofusca o devir... Mas a paisagem é atemporal como um quadro em seu estático movimento de acontecer.
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