Estamos cada vez mais distantes do encanto descuidado por qualquer utopia social ou ideal moral de humanidade ou futuro. Coletivamente, em tempos de incertezas, duvidas e vertigens de pós verdades, somos como dejetos das velhas apostas nas possibilidades da razão e da civilização. Aprendemos a rir dos manuais historiográficos e de todo o patrimônio da Humanidade. Somos indiferentes ao passado e ao presente e pouco nos importamos com o futuro. Vivemos em um mundo onde as grandes ambições humanistas se revelaram pueris.
As incertezas contemporâneas nos obrigam ao trivial do imediatismo epocal e a desconfiança das convicções e meta verdades ideológicas. Afinal, a própria condição humana não é grande coisa e se realiza contra suas melhores expectativas e representações morais.
Não somos se quer aquele rosto que nos surpreende no espelho. O eu é cada vez mais um outro contra a mimese da invenção vazia de identidades.
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