quarta-feira, 8 de março de 2017

HISTORIOGRAFIA E ESTÉTICA



Toda historiografia ainda possível é uma gramática da comunicação, uma forma de estética. Penso em Verdade e Método de  H.G. Gadamer, ou contra ele. Existir no tempo é uma experiência estética,  uma busca da realização radical do ser como linguagem. Não sabemos o que é o mundo, mas ele nos é familiar. Esta é a premissa de nossa consciência das coisas como experiência do eu como desfundamentação de nossas vivencias imediatas e pragmáticas.


É preciso evidenciar a individualidade como uma vontade, como uma necessidade, como a única forma possível de saber o mundo, não mais como objeto, mas como experiência subjetiva ou de consciência.  A linguagem é logos e ethos, o lugar onde somos precariamente em espaço e tempo  de modo hedonista e concreto. Por isso existir é uma estética. O mundo só pode existir como linguagem, como obra de arte e subjetividade deslocada.

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