O mundo vivido é sempre o intimo
mundo percebido por cada um. Esta premissa fenomenológica significa que a realidade
do outro só pode ser por mim experimentada indiretamente a partir da minha
própria experiência do real. O outro só
é pensável na medida em que existe um eu, pressupõe co-existência e intencionalidade.
A realidade é, portanto experimentada como uma espécie de um multi eu que me
confronta com múltiplas intencionalidades com as quais sou obrigado a interagir
primeiro física e sensualmente e depois como representação e interpretação.
Não é fácil dizer o que é o mundo
vivido, pois suas fronteiras são elásticas e provisórias já que o mundo em sua
totalidade é uma abstração só possível através da experiência daquilo que é o
mundo para mim.
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