O empaledecimento do original é
uma pré condição da paródia, da repetição, enquanto estratégia de criação. Não
somos originais. Sofremos o peso de nossas heranças e lhe somos fieis na exata
medida em que buscamos supera-las e inventar o inédito através de sua
replicação. A cópia nunca é fiel ao original. Citar é traduzir, inventar versões.
Mesmo em nosso conservadorismo sofremos
o imperativo do devir. Assim, o original é sempre uma referencia virtual constantemente
atualizada pela contemporaneidade de nossa interpretação. Os contextos em que determinada obra ou referencia de cultura é produzida reduz
seu sentido ao instante de sua origem.
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