sábado, 19 de setembro de 2015

ESCREVER É SER

Pouco me importa quantos livros você leu. Estou mais interessado em quantas coisas você escreveu e guardou na gaveta e si mesmo. O quanto escrever se tornou através da leitura uma necessidade vital, um desafio que se confunde com sua intima necessidade de saber a existência intensamente além dos lugares comuns da imanência e dos silêncios que nos definem socialmente.

A palavra não cabe no preenchimento do vazio de nossas falas cotidianas e pragmáticas. Ela nos define nas urgências da subjetividade. Somos aquilo que escrevemos. E ninguém realmente existe sem escrever.

Se você quer realmente conhecer um indivíduo, pergunte sobre as coisas que ele escreveu. Nem que seja uma coletânea de velhas epístolas... bilhetes ou recados inspirados de geladeira.

Um indivíduo se revela na capacidade de inventar a si mesmo através da palavra escrita e marcada no tempo para sempre como o instante aprisionado por uma fotografia.

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