domingo, 9 de agosto de 2015

PORQUE ALMOCEI MEU PAI by Roy Lewis

PORQUE ALMOCEI MEU PAI  foi um cultbook muito popular na  Inglaterra da década de 1960. Trata-se de boa mistura entre  ficção cientifica e humor britânico concebida pelo jornalista  Roy Lewis.

Um dos traços mais marcantes deste insólito romance é o anacronismo da narrativa . O autor empresta aos seus homens macacos  jargões acadêmicos do cientificismo do século XIX , carregando suas falas com os lugares comuns da linguagem da antropologia, etnologia zoologia e botânica.

 Lewis apresenta sua obra da seguinte forma: “Nunca acreditei na versão do Genesis- Adão, Eva e a Maça - e, então, decidi reescrever a evolução do meu modo. Acho que não fiquei muito longe da verdade. Tudo está ancorado sobre  solidas bases científicas.”

A história se passa no  Pleistoceno Médio, tempo da pedra lascada, e tem como personagem principal o jovem e idealista  Edward que busca o progresso da sua horda e conversão na primeira tribo de Homo Sapiens. Seu Tio Vanya, ao contrário, vê grandes perigos na descoberta do fogo e defende a volta ao primitivismo. O pai de Edward, entretanto, foi o primeiro a domesticar o fogo e realizar avanços tecnológicos  como a culinária, a dança, o arco e flecha e o casamento exogâmico. Sua morte no final da história marca o fim do Pleistoceno.


“E aquele foi o fim de Papai em carne e osso, meu filho, um final que ele teria desejado para si – ser abatido por uma arma realmente moderna e ser comido de modo civilizado.”  

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