Não deixarei que minha existência
se reduza a meia dúzia de tolices sobre a beleza da vida ou algumas asneiras
sobre o futuro da humanidade.
Viverei de vertigens, da ousadia
dos abismos, em busca de qualquer coisa sem nome que desvele o mais profundo do
pensamento.
O sentimento de si mesmo que nos
define como indivíduos é algo incomunicável, uma espécie de caos pessoal que
domesticamos a cada palavra dita.
Mas quão insuficiente é todo o
dizer das coisas frente a emoção da auto consciência! È justamente quando nada
consigo dizer quando melhor defino quem sou nas inércias de minhas imaginações.
Por isso gosto de me largar aqui as vezes em perplexidade e auto contemplação.