Que estranho território humano é este, definido pelas horas
mortas da madrugada?
Não sei como dizê-lo em seus protocolos de intensidades e
intencionalidades flácidas, onde gritam os silêncios , ócios e solidões e o
corpo se faz mais real do que qualquer
ilusão do pensamento.
A madrugada, talvez, seja apenas um estado de espírito para
solitários e mancos, ou um não lugar das coisas onde cabe um pouco de tudo.
Em qualquer definição que lhe caiba ela é solitária e selvagem,
introspectiva e melancólica pois pressupõem o dizer do silêncios mais fáceis de
ignorar sob a luz do dia.
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