quarta-feira, 5 de junho de 2013

DESCONSTRUINDO O CONHECIMENTO

Recusar toda “metafísica essencialista”, todo suposto fundamento último das coisas, é confessar que já não é mais possível possuir ou ser possuído por uma concepção forte de “verdade”. Tudo que podemos é surpreender o mundo no imediato das aparências na exata medida que o inventamos coletiva e individualmente através de nossas codificações lingüísticas. Mas o mundo que representamos já não é mais “mundo”, lugar de significados,  é apenas o que somos capazes de dizer no jogo vazio da linguagem que se assume como uma fraca  resposta ao abismo estabelecido entre as palavras e as coisas. 
Assim sendo, cumpre pensar a possibilidade de entender o acontecer do mundo como uma meta abstrata, um duvidoso empreendimento. A cultura contemporânea anuncia a  duvida sobre qualquer “ possibilidade  de saber”  uma realidade cada vez mais pautada pelo ilegível, cada vez mais opaca a cognição e a codificação simbólica.
Apenas construímos castelos de areia gramaticais no dizer vazio do mundo....  

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