Recusar toda “metafísica essencialista”, todo suposto fundamento último das coisas, é confessar que já não é mais possível possuir ou ser possuído por uma concepção forte de “verdade”. Tudo que podemos é surpreender o mundo no imediato das aparências na exata medida que o inventamos coletiva e individualmente através de nossas codificações lingüísticas. Mas o mundo que representamos já não é mais “mundo”, lugar de significados, é apenas o que somos capazes de dizer no jogo vazio da linguagem que se assume como uma fraca resposta ao abismo estabelecido entre as palavras e as coisas.
Assim sendo, cumpre pensar a possibilidade de entender o acontecer do mundo como uma meta abstrata, um duvidoso empreendimento. A cultura contemporânea anuncia a duvida sobre qualquer “ possibilidade de saber” uma realidade cada vez mais pautada pelo ilegível, cada vez mais opaca a cognição e a codificação simbólica.
Apenas construímos castelos de areia gramaticais no dizer vazio do mundo....
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
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