sexta-feira, 24 de maio de 2013

ESTANTÂNEO DE CONTEMPORANEIDADE: NOTA SOBRE A CULTURA DO TEMPO PRESENTE

Vivemos tempos de esboço de existências, de individualidades decompostas no presentismo quase absoluto, na inaptidão dos futuros e dos passados para configurar personas, funcionalidades e competências.

Vivemos tempos de novas urgências, de reinvenção de antigos dilemas e nivelamento do real e do virtual do ato e da ação. Por todas as partes tensões, choques, movimento e pluralidade das coisas nos absorvem as imaginações.

Nenhum prazer é mais saciável. A insatisfação agora é um estado de espirito universal em nossos caminhos sem horizontes. Se nunca antes gozamos de tamanha autonomia individual frente as exigências das coletividades e metaidentidades, nunca estivemos tão decompostos em nossas individualidades.

Enquanto meta da condição humana, a individuação agora é um processo que não nos conduz a qualquer ideal fantasmagórico de autoconhecimento, mas apropria fragmentação egoica, a esquizofrenia como alegoria de toda pós cultura.

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